Atento, Penso se já não era sem tempo Pois, de fato, sentia que Dentro Calor não mais fazia Só o frio a me avisar Que um feto morto havia . Queria parir esta poesia Mas parei. Com a dor que pungia, Já não me cabia Decidir para onde vão As poesias mortas Por imperfeição
Quando eu era criança eu achava a cadeira a coisa mais espetacular do mundo Aquelas que abrem e fecham Parecia que elas podiam desdobrar-se em várias coisas e servir como objeto de estudo e apreciação Suas transversais, suas formas paralelas Os pontos de interseção Os parafusos e as porcas Hoje as cadeiras servem para sentarmos Algumas incomodam minha escoliose. Muda Élisson Ribeiro