sábado, 24 de agosto de 2013

Aborto Poético


Atento,
Penso se já não era sem tempo
Pois, de fato, sentia que
Dentro
Calor não mais fazia
Só o frio a me avisar
Que um feto morto havia
.
Queria parir esta poesia
Mas parei.
Com a dor que pungia,
Já não me cabia
Decidir para onde vão
As poesias mortas
Por imperfeição


Élisson Ribeiro

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

CadeirIdade




Quando eu era criança eu achava a cadeira a coisa mais espetacular do mundo
Aquelas que abrem e fecham
Parecia que elas podiam desdobrar-se em várias coisas e servir como objeto de estudo e apreciação
Suas transversais, suas formas paralelas
Os pontos de interseção
Os parafusos e as porcas
Hoje as cadeiras servem para sentarmos
Algumas incomodam minha escoliose.
Muda

Élisson Ribeiro