sábado, 30 de junho de 2012

Como uma Parede



Eu só quero ser eu... E a parede.
E todo o grito mudo de uma poesia que esqueceu de me contar
E tento decifrar até hoje
Tento ouvir o barulho da caneta
Na minha mão... Que me expressa
mais do que eu mesma
Tento ouvir o barulho da rua
Até descobrir que a poesia da minha parede
é melhor acompanhada
do que as poesias da rua
Que, embora eu ouça tão alto,
Não faz sentido algum.

Suilla Santana