quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Eu Sou Menino

Sou menino
Sou pequeno, sou magro, sou franzino
Uma simples estética exterior
Mas o que importa é que sou grande
No que importa interiormente falando
Sou menino
Sou tímido, sou cismado, observo,
Sou feliz, sou sensato, verdadeiro
Sou menino, sou homem
Tenho dúvidas, tenho anseios
Tenho medos, carências.
Sou menino, sou amigo
Estou aqui, estou ali
Vou a qualquer lugar
Desde que queira estar
PS.: Definir alguem especial é sempre muito difícil.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sobre amor I: Mudança

Eu não tinha medo de morrer quando não útil ou quando não amado. A morte parece sempre tão perto. Uma negligência fantástica quer me conter. Não deixo que me possua. Olhar aéreo. Estaticamente dinâmico: Estático por fora e dinâmico por dentro. Passo a ficar feliz com o simples fato de ver a felicidade nos outros, porque já não sinto necessidade de ser feliz, apenas me acomodo. Não me incomodo. Olho para todos os lugares e procuro rir de tudo. Uso o riso como combustível inesgotável da minha vida.

Procuro ser tão prudente dirigindo minha vida, porém, isso não é o bastante: de repente, uma vida alheia colide com a minha e aí capotamos juntos... [temos que dirigir por nós e pelos outros].

É o amor:

parece um cachorrinho sem dono: vem se chegando, vem se aproximando, olha pra você: "estou tão carente". Quando percebemos já está com a cabeça em nosso colo e cá estamos nós a fazermos um cafuné gostoso.
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Andando na rua um carro "tira um fino" de mim. Há alguns dias atrás eu apenas levaria um susto e pensaria: "se morrer vou feliz"...

Mas, quando a gente ama, o medo de morrer toma a forma de um Titã. Imenso. Corpóreo. Realmente possível.
Pensamos logo no nosso Amor. A negligência dá lugar a prudência.

E quando somos amados então?!
Aí é zelo, cuidado em dobro, meu amigo!

Amar é bom. Às vezes dói...

Mas, mesmo assim, eu amo. Vivo!

EU TE AMO

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Alheia e compartilhada

A morte às vezes me chama

Polidamente: Ela não grita

Mas, se sussurra no ouvido

Arrepia, intimida


O que é difícil aceitar

E o que nego conceber

É a possibilidade de morrer

Sem ter sabido viver


O que é difícil conceber

O que não quero aceitar

É que a vida linda, bela,

Não sabe de mim cuidar


Nesse mundo general

Desta terra miserável

Só me resta agora saber

Se tem a morte um abraço afável


Posto que a chama apagará

Seja noite, seja dia

Fico sempre a imaginar

Suicídio é covardia


Vou perdendo minha fé

Vou perdendo meu valor

Já não sei mais o que quero

E essa dor, e essa dor!


Tenho tempo pra escrever

Tenho tempo pra rezar

Mas que peste é que não vê

Que os meninos morrem lá?!


Que os meninos NASCEM lá!

Daquela dor que os vi nascer

Na mesma dor irão morrer

E mesmo assim querem viver!


Porque a dor que sentem lá

É a mesma dor que vi crescer

Que se escondeu dentro de mim

Mas que me fez querer morrer


Porque no dia em que eu for lá

Vai ser difícil conceber

Que quando eu ver aquela dor

Terei vontade de viver!


E se eu sentir física dor?

Não sei de mim o que vai ser.


NinO RibeirO