Ultimamente tenho andado taciturno
Sereno, brando, pouco riso, pouco tudo
Ultimamente tenho visto absurdos
Eu quero a parte que me cabe desta terra miserável
Eu pego a chave que me abre esta fresta questionável
Eu vejo o mundo, enxergo o ponto peregrino, paradoxo
Me fecho mudo, eu nego o todo repetindo o que não gosto
Eu sou o bem que quer vencer o que o mal quer esconder
Estou refém, se quer saber, do animal do não saber
Me sinto murcho, um velho tolo e enrugado
Distinto e burro, um elo torto e mal atado
Se o nó foi cego, eu vejo então um mal olhado
Sem dó me apego à retidão de um desatado
Ultimamente tenho andado tão cansado...
NinO RibeirO
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