Brotemos e alastremos. A revolução está na boca de quem come, na cabeça de quem lê e no coração de quem ama! Élisson Ribeiro
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Cadê
Por que eu não vivo nada pela metade
Agir
"Aja com o coração e não com a razão". O que? Então agir com o coração é agir sem pensar? Deixar os sentimentos te guiarem? Ñ sei ñ... "Quem irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?" Para mim, agir com o coração é simplesmente agir com e com a razão, com sentido e não com "sentimentos". É agir sobre os sentimentos e com eles, e não deixar que eles ajam sobre você. Porque não há como ser racional sem coração. Bom senso é o que precisamos!
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Ao Amor II - Soneto
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Afluências
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Sinto-me como se estivesse distribuindo panfletos desinteressantes numa rua.
E o pior de tudo não é nem as pessoas que não pegam o panfleto,
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Flashes I
Foi bom
Perdi
Quero de novo
Outro
Mais outro
Não deu
De novo
Sofro
E o tempo
Me mata
Quem sou
De quem sou
Não me pertenço
Não me dou
Me doou
Sempre
Sem
Cessar
Morro
Sem
Saber
Amar
NinO RibeirO
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Ao Amor I
Preciso de um tempo
Não sei bem ao certo.
Preciso de você
Mas, preciso de um tempo
Tenho tanto a descobrir
Tantos olhos para abrir
Tanta coisa pra dizer
Pra viver, sonhar, sentir
Por que nos machuca tanto?
Por que chega e vai embora?
Por que, cada vez que volta,
Traz consigo mais um verso?
Por que não volta inteiro?
Por que, cargas d’água,
Sempre o medo?
O receio, uma estrada torta,
Uma estratosfera?
Sinto tão perto
Vejo tão longe...
Por que!? Pombas!
Chega e se esconde?
Por que me tatua?
Por que não devora
Esta pele crua?
Como a primeira vez
Por que insisto em lembrar
E não mais me entregar
Abrigar-te de novo
E você me deixar
Como a primeira vez
Por que quando vai
Deixa tudo que é seu,
Quando tudo era nosso,
Mas leva sempre consigo
Um pedaço mordido
Do meu coração?
Como a primeira vez
NinO RibeirO
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Eu Sou Menino
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Sobre amor I: Mudança
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Alheia e compartilhada
A morte às vezes me chama
Polidamente: Ela não grita
Mas, se sussurra no ouvido
Arrepia, intimida
O que é difícil aceitar
E o que nego conceber
É a possibilidade de morrer
Sem ter sabido viver
O que é difícil conceber
O que não quero aceitar
É que a vida linda, bela,
Não sabe de mim cuidar
Nesse mundo general
Desta terra miserável
Só me resta agora saber
Se tem a morte um abraço afável
Posto que a chama apagará
Seja noite, seja dia
Fico sempre a imaginar
Suicídio é covardia
Vou perdendo minha fé
Vou perdendo meu valor
Já não sei mais o que quero
E essa dor, e essa dor!
Tenho tempo pra escrever
Tenho tempo pra rezar
Mas que peste é que não vê
Que os meninos morrem lá?!
Que os meninos NASCEM lá!
Daquela dor que os vi nascer
Na mesma dor irão morrer
E mesmo assim querem viver!
Porque a dor que sentem lá
É a mesma dor que vi crescer
Que se escondeu dentro de mim
Mas que me fez querer morrer
Porque no dia em que eu for lá
Vai ser difícil conceber
Que quando eu ver aquela dor
Terei vontade de viver!
E se eu sentir física dor?
Não sei de mim o que vai ser.
NinO RibeirO
sábado, 30 de julho de 2011
N'outro tempo
sábado, 23 de julho de 2011
Espelho
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Entenda
Entenda, por favor, que, para mim,
Palavras dizem menos que um olhar
Entenda. Toda vez fico sem graça
Pois ainda não sei como lidar
É tão difícil
Toda vez que olho e não enxergo em você
Aquele mesmo brilho, a sua feição a me dizer,
Embora você não esteja calada.
Eu já não quero mais ouvir porque
Palavras dizem menos que um olhar
Entenda. Esse meu jeito não diz nada
A minha boca permanecerá
Intacta, prudente, inalterada
E você sempre insiste em não mudar
A situação
E não olha pra mim
Você tem medo que minha boca diga
O que seus olhos nunca disseram para mim
Eu tenho medo que seus olhos nunca digam
O que minha boca nunca disse pra você
Assim
Palavras dizem menos que um olhar
E se ainda quiser rir da minha cara
Minha cara, ainda quero te amar
Eu me rendo
Tudo por você
Eu me rendo
Vou falar você vai ver
Se renda
Olhe para mim
Amor e entenda
Nos seus olhos quero ver
Eu e você
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Geração bobagem
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Quero que parta
Pródigo Regresso
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Artropofóbico
Já decidi,
Não quero mais
Um sentimento encardido
Me iludi,
Corri atrás
Um verdadeiro desperdício
Depois de tanto observar
(Velei você desde o inicio)
Estou pensando em te matar
Vou cometer um homicídio
Mas esse nome está errado
É um animal do meu convívio
Como você, já peguei várias
Comer você é um martírio
Mas, que não morre a desgraçada
Nem se eu jogar de um precipício
O jeito é uma sandalhada
É um baratão no meu hospício!
NinO RibeirO
Única
Já conheci muita gente
Mas, depois de você
Só na mente
NinO RibeirO
Perdi
O mundo acabou.
Não existe namorado
Nem namorada
Não existe mais nada
O meu afeto
O sentimento que guardei
Ficou nas cinzas
De um cigarro que fumei
Me corrompi
Me surpreendi com o que falei
Mas sou feliz por ter sentido
Que um dia eu amei
NinO RibeirO
Ultimamente
Ultimamente tenho andado taciturno
Sereno, brando, pouco riso, pouco tudo
Ultimamente tenho visto absurdos
Eu quero a parte que me cabe desta terra miserável
Eu pego a chave que me abre esta fresta questionável
Eu vejo o mundo, enxergo o ponto peregrino, paradoxo
Me fecho mudo, eu nego o todo repetindo o que não gosto
Eu sou o bem que quer vencer o que o mal quer esconder
Estou refém, se quer saber, do animal do não saber
Me sinto murcho, um velho tolo e enrugado
Distinto e burro, um elo torto e mal atado
Se o nó foi cego, eu vejo então um mal olhado
Sem dó me apego à retidão de um desatado
Ultimamente tenho andado tão cansado...
NinO RibeirO
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Autopsicografia
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Uma Vez Tímido
Data original: 20-06-2006
Sei. Simples
Sou tímido e sei
Pior: saber que sou
Saber que sou e não quem sou
Conhecer as falhas
E não trocar as toalhas
Velhas toalhas, mudas, turvas toalhas
Tímido? Sei que sou
Ruim é ser sozinho
Bom é estar sozinho
Bom é estar sozinho
E saber que um todo está comigo
Será, meu amigo?
Meu amigo?
Amigo de neres
Moras em algures
Te encontrarei em nenhures
Pois estavas em alhures
Sou tímido assim
Assim confuso. Não obtuso!
Assim bomba, pressão, prisão, dinamite
Bomba explosão, bomba fissão,
relógio, paciente
Explodo quando me for conveniente
Quando o desejo é atraente
Até deixar pacientes ,indulgentes
Inocentes descendentes
Colegas imprudentes
Pessoas imponentes impotentes
Tímido se apontado
Tímido se distraído
Tímido se atormentado
Tímido se reprimido
Disso já sei
Já sei, mas a toalha não troquei
Então, finjo que não sei
Não sei, não sei...
Só sei que
Tímido se não conheço
Tímido se não perfeito
Tímido:
Se não respeito?
Tímido não permaneço
NinO RibeirO
Te Olho nos Olhos
Que te olho muito profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me inventar de novo.
Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.
A ponto de ver a estrada...
Muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias
Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Me Encontra
domingo, 8 de maio de 2011
Bem-vindos à lama
Tanto que, em meu uniforme caminho,
Os pássaros nas árvores: ninho
Me obram a face. Lambuzam.
Chafurdo na lama que humilha
Dada de bom grado por nossos antecedentes
Que, em proporções vastas, incovenientes,
Quer mais e convida minha família
Receosos, embora, com o convite amigo
Rutilantes, ora, vêm chafurdar comigo
Cobre tua ferida, se tiver. Inflâma.
Bofé que no clímax, já mui ébrios
Digo no meu, com tão ínfimo aéreo:
Sejam todos bem-vindos à lama
NinO RibeirO
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Amar me faz divino
Gosto, logo, amo
AMOR, não desatino!
Olhares Apenas
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Amor de Criança
Olha pra mim e aperta
Me aperta
Me abraça sem dizer nada
Me olha com olhar inocente
Diz que hoje estou diferente
E não mente
Vem
correr de mãos dadas comigo
Diz: sempre serei seu amigo
Perigo
É tudo tão simples, singelo
Seria tão mágico, belo
Um castelo
Mas tudo acabou distorcido
E todo o amor infinito
Foi posto como um bandido
Foi preso, foi trancafiado
Que droga, saiu tudo errado!
domingo, 1 de maio de 2011
Consta
É o meu profundo a emergir
terça-feira, 26 de abril de 2011
O Descobrimento
Os brancos, cobertos, descobriram
Os índios, descobertos, cobriram-se
Descobriram, acharam, revelaram
Cobriram-se, perderam-se, esconderam-se
Descobriram matas,
cores,
vida,
Cobriram-se de medo,
preto,
morte,
Terá sido mesmo sorte?
Verdadeiramente uma luz?
Ilha ou Terra de Santa Cruz?
Terá sido mesmo sorte?
Ou o branco se iludiu?
Achou que tivesse achado
O que o índio descobriu
Esse imenso, impávido e forte
Esse meu e seu BRASIL!
NinO RibeirO
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
POEMA DE ÔNIBUS
Quando embarco nesta volta arrepiado
Lembro de tudo de bom que me espera
Os cativos de toda uma era...
Olho pra trás e penso: há algo deixado
Olho à frente, penso: não há nada esquecido
Pois, se tudo vivi com amores
Não esqueci nem as dores
Nem nada do que aconteceu comigo
Foi uma maravilha, meu amigo!
Não deixei em cada intenso instante
Apagar da minha face um sorriso
Quando acordei, pensei ter sonhado,
Mas, lembrei de, mirando um gigante,
Aos seus pés ter-me deitado.