quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Toda vez que lembro sempre penso que o silêncio teria sido mais adequado.

Cadê

E mesmo com as decepções,
Meu coração sempre estará inteiro para novas emoções...
Por que eu não vivo nada pela metade
Por que sempre procuraria a parte que não vivi
Em outra a descobrir

Agir

‎"Aja com o coração e não com a razão". O que? Então agir com o coração é agir sem pensar? Deixar os sentimentos te guiarem? Ñ sei ñ... "Quem irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?" Para mim, agir com o coração é simplesmente agir com e com a razão, com sentido e não com "sentimentos". É agir sobre os sentimentos e com eles, e não deixar que eles ajam sobre você. Porque não há como ser racional sem coração. Bom senso é o que precisamos!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A Liberdade do Avesso


O mundo acabou. Hoje, minha carne vive os repúdios de minh'alma morta.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ao Amor II - Soneto


A sua descrença diminui com o seu querer
E sente a essência que percorre o sentimento
Dentro de um cálice que habita tal alento:
O amor mais tenro, mais pulsante a envolvê-lo

Tão pervasivo e irritante é, o que o toma
Já não quer mais um outro sujo, indecifrável
E se a beleza é, mesmo assim, incomparável
Disfarça dores, corre, o prende numa redoma

Mas não importa para o outro a grande fuga
Mesmo que ele esteja procurando a cura
Terá, no fim, o possuído, um ser lascivo, apaixonado,

Que nas veredas deste cálice ignoto
Recebe à boca este veneno perigoso
Das mãos - as quais sempre esperou - de um ser amado

NinO RibeirO

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Afluências

Thomas Edison antes de inventar a lâmpada descobriu mais de 50 maneiras de como NÃO fazer uma lâmpada. Não há graça nem aprendizado quando tudo sai perfeito. Se as coisas parecem estar dando errado, tente outro caminho, e outro, e mais outro. Não se aborreça, seja rápido, mas não tenha pressa. Tenha fé. No final saberemos não só como chegar à luz, como também saberemos ir e voltar sem nos perdermos. Nossa tarefa, então, será guiar. Se não aprendemos nada com os caminhos tortos, como iremos guiar os outros? Será que saberíamos voltar? Ou pior: poderia um cego guiar outro cego? Olhos abertos para o bem é o que nós precisamos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Eu tô dando amor, mas ninguém quer receber.
Sinto-me como se estivesse distribuindo panfletos desinteressantes numa rua.
E o pior de tudo não é nem as pessoas que não pegam o panfleto,
mas aquelas que pegam, dando uma esperança de que vão ler,
mas daí amassam e jogam fora sem olhar pra trás.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Flashes I

Foi bom

Perdi

Quero de novo

Outro

Mais outro

Não deu

De novo

Sofro

E o tempo

Me mata

Quem sou

De quem sou

Não me pertenço

Não me dou

Me doou

Sempre

Sem

Cessar

Morro

Sem

Saber

Amar


NinO RibeirO

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ao Amor I

Preciso de um tempo

Não sei bem ao certo.

Preciso de você

Mas, preciso de um tempo


Tenho tanto a descobrir

Tantos olhos para abrir

Tanta coisa pra dizer

Pra viver, sonhar, sentir


Por que nos machuca tanto?

Por que chega e vai embora?

Por que, cada vez que volta,

Traz consigo mais um verso?


Por que não volta inteiro?

Por que, cargas d’água,

Sempre o medo?

O receio, uma estrada torta,

Uma estratosfera?

Sinto tão perto

Vejo tão longe...


Por que!? Pombas!

Chega e se esconde?

Por que me tatua?

Por que não devora

Esta pele crua?

Como a primeira vez


Por que insisto em lembrar

E não mais me entregar

Abrigar-te de novo

E você me deixar

Como a primeira vez


Por que quando vai

Deixa tudo que é seu,

Quando tudo era nosso,

Mas leva sempre consigo

Um pedaço mordido

Do meu coração?


Como a primeira vez


NinO RibeirO

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Eu Sou Menino

Sou menino
Sou pequeno, sou magro, sou franzino
Uma simples estética exterior
Mas o que importa é que sou grande
No que importa interiormente falando
Sou menino
Sou tímido, sou cismado, observo,
Sou feliz, sou sensato, verdadeiro
Sou menino, sou homem
Tenho dúvidas, tenho anseios
Tenho medos, carências.
Sou menino, sou amigo
Estou aqui, estou ali
Vou a qualquer lugar
Desde que queira estar
PS.: Definir alguem especial é sempre muito difícil.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sobre amor I: Mudança

Eu não tinha medo de morrer quando não útil ou quando não amado. A morte parece sempre tão perto. Uma negligência fantástica quer me conter. Não deixo que me possua. Olhar aéreo. Estaticamente dinâmico: Estático por fora e dinâmico por dentro. Passo a ficar feliz com o simples fato de ver a felicidade nos outros, porque já não sinto necessidade de ser feliz, apenas me acomodo. Não me incomodo. Olho para todos os lugares e procuro rir de tudo. Uso o riso como combustível inesgotável da minha vida.

Procuro ser tão prudente dirigindo minha vida, porém, isso não é o bastante: de repente, uma vida alheia colide com a minha e aí capotamos juntos... [temos que dirigir por nós e pelos outros].

É o amor:

parece um cachorrinho sem dono: vem se chegando, vem se aproximando, olha pra você: "estou tão carente". Quando percebemos já está com a cabeça em nosso colo e cá estamos nós a fazermos um cafuné gostoso.
.
.
.
Andando na rua um carro "tira um fino" de mim. Há alguns dias atrás eu apenas levaria um susto e pensaria: "se morrer vou feliz"...

Mas, quando a gente ama, o medo de morrer toma a forma de um Titã. Imenso. Corpóreo. Realmente possível.
Pensamos logo no nosso Amor. A negligência dá lugar a prudência.

E quando somos amados então?!
Aí é zelo, cuidado em dobro, meu amigo!

Amar é bom. Às vezes dói...

Mas, mesmo assim, eu amo. Vivo!

EU TE AMO

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Alheia e compartilhada

A morte às vezes me chama

Polidamente: Ela não grita

Mas, se sussurra no ouvido

Arrepia, intimida


O que é difícil aceitar

E o que nego conceber

É a possibilidade de morrer

Sem ter sabido viver


O que é difícil conceber

O que não quero aceitar

É que a vida linda, bela,

Não sabe de mim cuidar


Nesse mundo general

Desta terra miserável

Só me resta agora saber

Se tem a morte um abraço afável


Posto que a chama apagará

Seja noite, seja dia

Fico sempre a imaginar

Suicídio é covardia


Vou perdendo minha fé

Vou perdendo meu valor

Já não sei mais o que quero

E essa dor, e essa dor!


Tenho tempo pra escrever

Tenho tempo pra rezar

Mas que peste é que não vê

Que os meninos morrem lá?!


Que os meninos NASCEM lá!

Daquela dor que os vi nascer

Na mesma dor irão morrer

E mesmo assim querem viver!


Porque a dor que sentem lá

É a mesma dor que vi crescer

Que se escondeu dentro de mim

Mas que me fez querer morrer


Porque no dia em que eu for lá

Vai ser difícil conceber

Que quando eu ver aquela dor

Terei vontade de viver!


E se eu sentir física dor?

Não sei de mim o que vai ser.


NinO RibeirO

sábado, 30 de julho de 2011

N'outro tempo


A dor passa
O sentimento fica
As lembranças fazem parte do carma do mundo
Assim como a semente dessa flor
Que recalcitra em nascer

Minha erva daninha
Haverá sempre alguém para arrancá-la?
E se esse alguém some para sempre?
Inundo de amor
Ou morro exaurido?

Ah! Quem me dera nestes tempos
Não habitar uma erva
Não ser levado pelo vento
Se, ao menos uma vez,
Pudesse parar no momento
Pudesse voltar no tempo

No tempo do faz de conta
Das histórias de Era Uma Vez
No tempo da minha escola
No tempo em que o amor tinha vez

NinO RibeirO

sábado, 23 de julho de 2011

Espelho

Sou o que sinto e não o que vejo
Espelhos não me enganam
Se todavia me refletem,
Sendo tu ser insensível,
Guarde a melhor fotografia.

NinO RibeirO

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Entenda

Entenda, por favor, que, para mim,

Palavras dizem menos que um olhar

Entenda. Toda vez fico sem graça

Pois ainda não sei como lidar

É tão difícil

Toda vez que olho e não enxergo em você

Aquele mesmo brilho, a sua feição a me dizer,

Embora você não esteja calada.

Eu já não quero mais ouvir porque

Palavras dizem menos que um olhar

Entenda. Esse meu jeito não diz nada

A minha boca permanecerá

Intacta, prudente, inalterada

E você sempre insiste em não mudar

A situação

E não olha pra mim

Você tem medo que minha boca diga

O que seus olhos nunca disseram para mim

Eu tenho medo que seus olhos nunca digam

O que minha boca nunca disse pra você

Assim

Palavras dizem menos que um olhar

E se ainda quiser rir da minha cara

Minha cara, ainda quero te amar

Eu me rendo

Tudo por você

Eu me rendo

Vou falar você vai ver

Se renda

Olhe para mim

Amor e entenda

Nos seus olhos quero ver

Eu e você

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Geração bobagem

Hoje eu quero fazer bobagens das quais não me arrependerei amanhã.

Do mesmo modo que um menino levou um livro de Harry Potter para assistir a mais uma estreia de um dos filmes.

Tolice. Coisa de criança nerd. Que besta.

Quero fazer coisas como essa, que um dia deram tanto prazer para mim quanto para uma criança que vai de cosplay.

Arrepender-se de quê? Vergonha de quê? É o seu momento, é o nosso momento!

Nada como a mão de um amigo pra segurar.
Nada como outro pra nos apoiar.

Hoje eu quero ser tão bobo quanto você!
New wave na cabeça e All Star no pé.

Bobo eu, bobo você, bobos nós. E quem não é?

NinO RibeirO

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quero que parta

Esqueci como é que se aprende.
A dificuldade que nunca me chegava
Eu dei um jeito de criá-la
E agora que a tenho
Não me acho, não me guio
Não me desfaço

Quero que parta, do mesmo jeito da chegada
Que se perca tola na estrada
E não goze mais da minha cara

NinO RibeirO

Pródigo Regresso

Seres humanos:

Minha doença
Minha cura

Já dizia Schopenhauer: "o primeiro passo é a retração".

Depois que alcança a superioridade da sapiência
[ó grande mestre conhecedor de si mesmo]
Percebe que, fugindo do que antes era doença,
Encontra a cura na mesma essência

O soro antiofídico

Volta aos seus com um amor
Que não se sabe de onde surgiu
A condição divina que a todos uniu
Muito mais forte, muito mais poderoso, muito mais vivo.
Enfim, esbarrou na mola da solidão.

Ninguém vive sozinho.

NinO RibeirO

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Artropofóbico

Já decidi,

Não quero mais

Um sentimento encardido

Me iludi,

Corri atrás

Um verdadeiro desperdício

Depois de tanto observar

(Velei você desde o inicio)

Estou pensando em te matar

Vou cometer um homicídio

Mas esse nome está errado

É um animal do meu convívio

Como você, já peguei várias

Comer você é um martírio

Mas, que não morre a desgraçada

Nem se eu jogar de um precipício

O jeito é uma sandalhada

É um baratão no meu hospício!


NinO RibeirO

Única

Já conheci muita gente

Mas, depois de você

Só na mente


NinO RibeirO

Perdi

O mundo acabou.

Não existe namorado

Nem namorada

Não existe mais nada

O meu afeto

O sentimento que guardei

Ficou nas cinzas

De um cigarro que fumei

Me corrompi

Me surpreendi com o que falei

Mas sou feliz por ter sentido

Que um dia eu amei


NinO RibeirO

Ultimamente

Ultimamente tenho andado taciturno

Sereno, brando, pouco riso, pouco tudo

Ultimamente tenho visto absurdos


Eu quero a parte que me cabe desta terra miserável

Eu pego a chave que me abre esta fresta questionável

Eu vejo o mundo, enxergo o ponto peregrino, paradoxo

Me fecho mudo, eu nego o todo repetindo o que não gosto


Eu sou o bem que quer vencer o que o mal quer esconder

Estou refém, se quer saber, do animal do não saber

Me sinto murcho, um velho tolo e enrugado

Distinto e burro, um elo torto e mal atado


Se o nó foi cego, eu vejo então um mal olhado

Sem dó me apego à retidão de um desatado

Ultimamente tenho andado tão cansado...


NinO RibeirO

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa


[Meu caro Fernando Pessoa, Temo que essa psicografia não seja apenas uma autopsicografia]

terça-feira, 31 de maio de 2011

Uma Vez Tímido

Data original: 20-06-2006


Sei. Simples

Sou tímido e sei

Pior: saber que sou

Saber que sou e não quem sou

Conhecer as falhas

E não trocar as toalhas

Velhas toalhas, mudas, turvas toalhas

Tímido? Sei que sou

Ruim é ser sozinho

Bom é estar sozinho

Bom é estar sozinho

E saber que um todo está comigo

Será, meu amigo?

Meu amigo?

Amigo de neres

Moras em algures

Te encontrarei em nenhures

Pois estavas em alhures

Sou tímido assim

Assim confuso. Não obtuso!

Assim bomba, pressão, prisão, dinamite

Bomba explosão, bomba fissão,

relógio, paciente

Explodo quando me for conveniente

Quando o desejo é atraente

Até deixar pacientes ,indulgentes

Inocentes descendentes

Colegas imprudentes

Pessoas imponentes impotentes

Tímido se apontado

Tímido se distraído

Tímido se atormentado

Tímido se reprimido

Disso já sei

Já sei, mas a toalha não troquei

Então, finjo que não sei

Não sei, não sei...

Só sei que

Tímido se não conheço

Tímido se não perfeito

Tímido:

Se não respeito?

Tímido não permaneço


NinO RibeirO

Te Olho nos Olhos


Te olho nos olhos e você reclama

Que te olho muito profundamente.

Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.

Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me inventar de novo.

Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.

A ponto de ver a estrada...
Muito antes dos seus passos.

Eu não vou separar as minhas vitórias
Dos meus fracassos!

Eu não vou renunciar a mim;

Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."

Ana Carolina

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Me Encontra

Existem livros muito atraentes, porém, não é porque certos tipos (ou ditos tipos certos) não me atraem que preciso ler os outros. Ora, se existem apenas dois tipos, ao invés de lê-los melhor deixar que me leiam.
Quem sabe algum tipo certo não seja certo apenas para os outros, mas, pessoalmente, para mim...
Quem sabe algum tipo certo seja "correto" e um livro perfeito em sua simplicidade; que não tenha muita informação e que fale ingenuamente de mim e da sua paixão, que só enxerga meus olhos puros, a descrever minha biografia fantástica.
Quem sabe algum tipo certo me encontra antes que os outros rasguem minhas páginas. A final de contas, estou sempre na biblioteca e lá "tem de tudo"!
Pra me tirar da biblioteca terei que ser roubado e você vai me levar pra nunca mais devolver-me. Para alguns serás astuto; para mim, a redenção; para os outros serás apenas um ladrão.

NinO RibeirO

domingo, 8 de maio de 2011

Bem-vindos à lama

Por onde passo banais me sujam
Tanto que, em meu uniforme caminho,
Os pássaros nas árvores: ninho
Me obram a face. Lambuzam.

Chafurdo na lama que humilha
Dada de bom grado por nossos antecedentes
Que, em proporções vastas, incovenientes,
Quer mais e convida minha família

Receosos, embora, com o convite amigo
Rutilantes, ora, vêm chafurdar comigo
Cobre tua ferida, se tiver. Inflâma.

Bofé que no clímax, já mui ébrios
Digo no meu, com tão ínfimo aéreo:
Sejam todos bem-vindos à lama

NinO RibeirO

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Gostar me faz homem
Amar me faz divino
Gosto, logo, amo
AMOR, não desatino!



NinO RibeirO

Olhares Apenas


Relance!
Meu olhar encontrou o seu
E o seu o meu
Foi só uma vez, numa noite fria.
Bebi pra me aquecer
Mas sabia que o calor que sentia
Vinha de você
E só de você
O mesmo olhar eu queria
Que me fez esquecer
Tudo que ouvia, comia e bebia
Era como assobiar e rir
Eu já não conseguia...
A cabeça baixa
Olhei pra TV
Enxerguei você na minha periferia
Um aperto, um alívio e...
Você correspondia.

NinO RibeirO

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Amor de Criança

Olha minha mão aberta
Olha pra mim e aperta
Me aperta
Me abraça sem dizer nada
Me olha com olhar inocente
Diz que hoje estou diferente
E não mente
Vem
correr de mãos dadas comigo
Diz: sempre serei seu amigo
Perigo
É tudo tão simples, singelo
Seria tão mágico, belo
Um castelo
Mas tudo acabou distorcido
E todo o amor infinito
Foi posto como um bandido
Foi preso, foi trancafiado
Que droga, saiu tudo errado!

NinO RibeirO

domingo, 1 de maio de 2011

Consta

...Não é revolta essa consternação
É o meu profundo a emergir
O vertical a expandir
Na mais perfeita opressão

E mesmo vindo de milagre
Isso eu queria me tornar
Fazer você me aceitar
Ainda sendo ocre e acre

De que me serve esta tendência
Se toda essa incongruência
Me fere a face, parte e marca?

Será que esse amor sincero
Podendo não ser como eu quero
Me adota, cuida, morre e mata?

NinO RibeirO

terça-feira, 26 de abril de 2011

O Descobrimento

*Poeminha que fiz quando tinha 11 anos*


Os brancos, cobertos, descobriram
Os índios, descobertos, cobriram-se

Descobriram, acharam, revelaram
Cobriram-se, perderam-se, esconderam-se

Descobriram matas,
cores,
vida,
Cobriram-se de medo,
preto,
morte,

Terá sido mesmo sorte?
Verdadeiramente uma luz?
Ilha ou Terra de Santa Cruz?

Terá sido mesmo sorte?
Ou o branco se iludiu?
Achou que tivesse achado
O que o índio descobriu

Esse imenso, impávido e forte
Esse meu e seu BRASIL!

NinO RibeirO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

POEMA DE ÔNIBUS

Um Retrato Memorável - Poema ao RiO

Quando embarco nesta volta arrepiado
Lembro de tudo de bom que me espera
Os cativos de toda uma era...
Olho pra trás e penso: há algo deixado

Olho à frente, penso: não há nada esquecido
Pois, se tudo vivi com amores
Não esqueci nem as dores
Nem nada do que aconteceu comigo

Foi uma maravilha, meu amigo!
Não deixei em cada intenso instante
Apagar da minha face um sorriso

Quando acordei, pensei ter sonhado,
Mas, lembrei de, mirando um gigante,
Aos seus pés ter-me deitado.

NiNO RibeirO